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Psicologia

A ansiedade é um mal-estar que está ligado a sentimentos de medo, tensão e perigo. Pode ser desenvolvida durante a infância, em que a criança se torna carente e insegura; pode ser de origem genética ou pode ser desencadeada pela dificuldade de aceitar o novo. Seus sintomas são: taquicardia, sudorese, tremores, tensão muscular, aumento do desejo de urinar e defecar, cefaleia, dor no estômago, transpiração excessiva, entre outros.

A ansiedade é o início de algumas doenças psicológicas que necessitam de tratamentos e cuidados especiais. A síndrome do pânico caracteriza pessoas com pavores exagerados, decorrentes de situações imaginárias, como ter medo de morrer de repente, de passar mal e não ser socorrido e outros.

A ansiedade generalizada caracteriza pessoas com sentimentos contínuos de desespero, aflição, susto e inquietação. As fobias também são formas de expressar a ansiedade. Nosso sistema nervoso central necessita de situações confortáveis e seguras para transmitir sensações de bem-estar.

Quando este recebe situações de perigo, causando medo, acontece o estado ansioso que também pode ser desencadeado por pessoas desequilibradas emocionalmente quando estão em contato com algo novo ou com situações inesperadas ou desconhecidas. Em estágios ansiosos, os pensamentos se tornam acelerados causando grande confusão mental, ineficiência de ação e aumento da sensação de perigo.

Ansiedade

Frustração

O que é Frustração?

Frustração é o sentimento decorrente da não realização de um desejo ou tendência, ou seja, é a reação diante da expectativa não correspondida. Para entender melhor, podemos dizer que é aquilo que sentimos quando algo que queremos ou esperamos não acontece. Essa não satisfação do desejo gera uma espécie de tensão interna, experienciada, geralmente, como uma sensação de tristeza e aborrecimento ou, em alguns casos, de desespero.

Como diferenciar tristeza e frustração?

É importante, especialmente na infância, que os pais, cuidadores e educadores, sejam capazes de perceber quando a criança está triste e quando se sente frustrada. Na vida adulta, essa distinção também é relevante. Isso porque, apesar de apresentarem sintomas muito parecidos, os dois sentimentos têm origens e consequências bastante distintas. Quando uma expectativa é frustrada, os sentimentos de tristeza levam a atitudes de mudança e a uma melhor adaptação do sujeito, que é completamente diferente dos casos de Depressão, por exemplo, em que a tristeza também é sintoma característico.

Para exemplificar, vamos tomar a situação de uma pessoa que não consegue o emprego que almejava. Quando há uma frustração, esse sentimento está ligado a essa situação específica e pode gerar o desejo de aprimoramento para tentar outros empregos. No caso de uma Depressão, esse acontecimento seria apenas mais um dos motivos para o desânimo, uma vez que a tristeza não está ligada a causas específicas e pode imobilizar o sujeito.

A frustração é importante?

Apesar de parecer um sentimento decorrente de situações de fracasso, a frustração é de extrema importância para a constituição psicológica dos indivíduos. Alguns autores descrevem a frustração como necessária ao desenvolvimento infantil. Em níveis suportáveis, a falta, a carência ou a desilusão estão associadas ao desenvolvimento da capacidade de adiar gratificações, que é fundamental para a vida em sociedade. Nesse sentido, evitar frustrações pode ser um dos fatores de uma formação adaptativa deficiente: uma criança muito protegida ou cujos desejos foram sempre imediatamente satisfeitos pode ter dificuldades em compreender a realidade da existência adulta, em que o desejo e a satisfação estão cada vez mais distantes e exigem cada vez mais trabalho e dedicação. Uma criança despreparada para suportar frustrações pode se transformar em um adulto que desenvolve crises emocionais por razões ínfimas ou que se sente constantemente insatisfeito.

Não se pode, todavia, resumir a dificuldade adaptativa dos adultos à superproteção dos pais, já que existem outros fatores que influenciam nessa formação deficiente, como a cultura e as formas de organização da sociedade.

Na sociedade em que vivemos, o prazer e a satisfação são constantemente cultuados e a frustração aparece como a pior experiência. Todos os esforços estão voltados para evitá-la. A medicina se esforça para evitar as dores, entorpecendo seus pacientes. As escolas se esforçam para satisfazer os desejos de crianças e seus pais. As políticas públicas se empenham em produzir conforto psicológico, oferecendo a sensação de segurança que as pessoas necessitam para não pensarem em situações desconfortantes, como a realidade em que vivem. Nesse sentido, a inadaptação é generalizada: os adultos e crianças, incapazes de experienciar a frustração, porque foram despreparados para isso, são inundados por falsas realizações e se apegam ao conforto proporcionado artificialmente por elas. Falar em frustração está longe de se resumir ao sentimento de tristeza ou aborrecimento, antes disso, está na importância de ressaltar que a habilidade de adiar a recompensa é uma capacidade adaptativa que está sendo perdida por grande parte das pessoas.

Davi Marcos

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